quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PROJETO MATUMBÉ-OFICINAS DE DANÇAS AFRO-BRASILEIRAS COM O NÚCLEO BALLET DA BARRA

No dia 21 de dezembro o Núcleo Ballet da Barra juntamente com a Cia Ballet da Barra realizou uma apresentação de danças de matrizes negras encerrando o Projeto Matumbé-Oficinas de Danças Afro-Brasileiras na programação da Festa Anual do grupo Matumbé de Capoeira-Amazonas, com início às 14 horas na quadra de esportes da Vila Olímpica do Dom Pedro I, Avenida Pedro Teixeira, nº 400.

O Projeto Matumbé foi contemplado pelo Edital Prêmio Agente Jovem de Cultura: Diálogos e Ações Interculturais, promovido pela Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura em 2012 e vem desenvolvendo aulas de dança com capoeira desde janeiro de 2013.

Kamila Cavalcante foi a agente jovem contemplada com a ideia de dar continuidade as atividades do projeto que já existe no Núcleo Ballet da Barra. Incentivada pelas professoras Cléia Alves (coordenadora artística) e Marta Marti (coordenadora pedagógica) Kamila viu uma oportunidade de continuar as atividades de danças populares, pois esta é uma das modalidades que o projeto desenvolve com crianças e adolescentes desde 2008 no Ginásio São José I mais conhecido como Zezão.

O projeto teve como um dos objetivos principais promover a sensibilização de crianças, jovens e adultos para a importância da cultura do negro no Amazonas e no Brasil.Outro ponto importante do projeto é possibilitar a formação de agentes multiplicadores que posteriormente possam difundir e fomentar a dança com matrizes negras no Amazonas.

O projeto fez seu encerramento na programação da Festa Anual do Grupo Matumbé de Capoeira que esteve realizando troca de graduações. Na programação da festa aconteceu também Samba de Roda e apresentação do grupo Tambor de Crioula Punga Baré-Mestre Castro.

O grupo Matumbé de Capoeira (Ex-Cativeiro) existe há 34 anos, possui filiais na Espanha, Islandia, Jamaica, Itália e Estados Unidos. O grupo Matumbé é um dos grandes apoiadores do projeto tendo a frente o Mestre KK Bonates, um grande agitador cultural e militante do movimento negro no Amazonas. Outros apoiadores são: o Centro de Investigação em Arte e Cultura Afroameríndia-FACCI e Prefeitura de Manaus. A apresentação teve entrada gratuita.


Aulas e ensaios


Aulas e ensaios no ginásio Zezão.

Aulas no Ginásio Zezão em 2013.

Aulas e ensaios no ginásio do Zezão

Apresentação de danças no Encerramento na Vila Olímpica do D.Pedro I

Apresentação de danças no Encerramento na Vila Olímpica do D.Pedro I

Roda de Capoeira do Matumbé Capoeira

Roda de Capoeira do Matumbé

Roda de Capoeira do Matumbé


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SOBRE A 5ª AÇÃO DO ALIMENTA DANÇA PROJECT


No dia 05 de dezembro de 2013 às 19h00mim horas foi realizado a 5ª Ação do Alimenta Dança Project, na estação Arte e fato no centro de Manaus. Com o tema: Os editais alimentam as produções culturais no Amazonas? Com os convidados: Taciano Soares, Keila Serruya, Beatriz Dominguez e Francis Baiardi com a Contem Dança Cia, para colaborar com o bate papo. Francisco Rider e a Contem Dança Cia realizaram performances relacionadas ao tema do encontro e as conversas e apresentações artísticas foram acompanhadas de cuscuz com café e chá para os convidados.
 



Tendo como uma das propostas de alimentar não somente os sentidos e os paladares, o Alimenta Dança propõem principalmente fazer reflexões sobre questões da dança contemporânea dialogando com a linguagem das artes visuais, da performance e da arte culinária.O projeto tem como um dos focos dar abertura e autonomia para o artista gerir e divulgar o seu próprio trabalho.
 
Na 5ª Ação foram levantadas várias questões a respeito do tema proposto e percebe-se uma preocupação dos artistas idealizadores do projeto para um pensamento de como criar mecanismos e alternativas para que o artista local possa criar, fomentar e dar continuidade as suas criações e as suas relações com os modelo e formatos de editais que se encontram na cidade de Manaus.
 
Falar de políticas públicas não se resume a entender de leis, porém digo que é importante sabê-las para entender melhor como captar recursos, mas principalmente como chegar até elas e como fazer valer, como revisar e rever essas leis de incentivo aqui na nossa região, porém sabemos que todos os mecanismos ainda são muito complexos para nós artistas.
 

Talvez uma dos caminhos para sanar com a defasagem nos índices de aprovação de projetos promovidos pelas secretarias do Estado e Município se encontre na formação de pessoal capacitado para isto. De acordo com o gráfico de Lima, Waner G., sugestão do autor que se encontra disponível em:
http://revista.uft.edu.br/index.php/interface/article/viewFile/370/260, observa-se somente duas instiuições que disponibilizam cursos nesta área na cidade de Manaus. 
Não precisamos só de cursos livres e ou cursos técnicos, urge um curso de graduação para um estudo mais detalhado sobre políticas públicas em Manaus e no Brasil.

Estou de acordo com o artista Taciano Santos quando este fala da necessidade urgente de se criar uma graduação para entender sobre políticas públicas e estou nesta luta também.
 
Sabemos que o caminho é tortuoso e encontraremos muitos obstáculos e grandes são os desafios pela frente, mas isto é um desafio colocado ao povo e principalmente a classe artística que luta por melhorias na cultura e não poderia deixar de citar Patrícia de Matos, Diretora de Cultura da UNE que diz: "É um desafio colocado ao povo brasileiro pressionar por mais avanços nesse sentido, para garantir políticas de Estado".
 
Parabenizo aos artistas que fazem parte dessa rede de pensamentos e desejo que a mesma cresça e que novos adeptos venham "engrossar este caldo" e alimentar, estimular e incentivar ao outros também com mais ideias de comunicação, de compartilhamento e principalmente de ações concretas para a organização de políticas públicas para o nosso estado.
 
Que venham outros festivais, encontros e seminários que pensam no coletivo!
 
Referências Bibliográficas:

http://www.une.org.br/2013/08/as-politicas-publicas-para-a-cultura-no-brasil-por-patricia-de-matos/ . Acesso em 06.12.2013 ás 14h59min.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_p%C3%BAblica. Acesso em 06.12.2013 às 13h44min.

http://brhostweb.com/www/revista.uft.edu.br. Acesso em 06.12.2013 às 12h20mim.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

IMPRESSÕES DE CLÉIA ALVES SOBRE O SEGUNDO INTERCÂMBIO CULTURAL MANAUS-MARSELHA/FRANÇA 2013.

Falar de mim, do que sou, das minhas raízes e não ser estrangeira no meu próprio país é o que me move e o que nos moveu, a mim e Francis Baiardi a sair de nosso lugar,da cidade de Manaus do Estado do Amazonas e Brasil para compartilhar nossas ideias, pensamentos pesquisas e criações artísticas do outro lado do Oceano Atlântico para estar em Marselha na França.
Dar continuidade ao intercâmbio cultural que a cada passo se concretiza para a Contem Dança Cia, FACCI e para a Cie Le Rêve de La Soie, se faz importante para que possamos conhecer e entender culturas e modos de vida diferentes.
Ao realizar a palestra e a oficina com temática das danças de matrizes negras no Amazonas para os Marselhenses e participantes de outros países percebi que ainda ocorre uma visão romântica sobre o modo de vida dos brasileiros, apesar de encontrar pessoas que se interessam e procuram saber um pouco mais de nossa cultura, mas em sua maioria a visão ainda é restrita.
A visão sobre o racismo e a discriminação no Brasil é tido como algo inexistente, por saber que existe carnaval e futebol, somos conhecidos como um povo muito alegre e hospitaleiro e portanto convivemos harmoniosamente sabendo lidar com a diversidade.

A palestra mostrou que existe o racismo e a discriminação e que é preciso retirar este "manto" que cobre e tenta camuflar esse fato e esta parte da nossa história de tragédias, descaso, preconceitos, injustiças e dor como diz Roberto Maringoni: "É uma chaga que o Brasil carrega até os dias de hoje".
Isso não se pode deixar esquecer e como militante do movimento negro e educadora me sinto no papel de falar sobre esses assuntos aqui no Brasil e no exterior.
Mas também falei do legado e da importância que os negros nos deixaram e da beleza e do orgulho de se afirmar como negro no Brasil nos dias de hoje.
Francis Baiardi teve o papel de falar do índio de ontem e de hoje em seu espetáculo solo Dinahí.
Falar da importância da manutenção das lendas e mitos para a nossa cultura e de como o indígena vive e tenta manter-se nos dias de hoje não é tarefa fácil para nós artistas, pois requer cuidado e muito sensibilidade na obra artística, porém Francis Baiardi soube lindamente tratar deste assunto complexo.
O espetáculo Dinahí é um trabalho de dança muito cuidadoso que aborda questões sociais e culturais, e que trata também da nossa contemporaneidade de como vemos e lidamos com o indígena no Brasil, da afirmação da origem indígena no sangue e do legado desses povos para todos nós.
A viagem para Marselha me fez perceber que somos mais reconhecidas e valorizadas como amazonenses e brasileiras fora do Brasil. Temos conhecimentos, ideias e portas abertas para compartilhar, no entanto nossos pares aqui em Manaus não querem somar, ao contrário da estada em Marselha que todos queriam saber e trocar conhecimentos, isso realmente é uma tristeza, mas seguimos na luta! Como diz o amigo artista Marcos Tubarão.
Penso que nosso objetivo foi alcançado quando relembro das conversas com os artistas e amigos que conquistamos nesta viagem, quando falamos das questões do índio e do negro no Brasil e de como a arte tem o poder de comunicar de informar, fazer refletir, analisar, também tocar os corações e ainda mais profundamente a alma.
Só tenho a agradecer ao amigo e grande incentivador disso tudo Patrick Servius que se mostra um artista e uma pessoa muito sensível, que busca sempre fazer esta ponte no intercâmbio que procura motivar e sensibilizar aos outros seus pares para a busca do entendimento do outro.
Meus agradecimentos especiais para Patrick Servius, Véronique Larcher, Beth Rigaud, Patricia Guannel, Elsa Wolliaston, Kenjah, Juciara, Regina e Juruna.
Desejo vida longa a nosso Intercâmbio Cultural e que outros países venham participar deste também.



 



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Grupo de Samba de Roda Vozes do Cativeiro

DIVULGAÇÃO DO FACCI E CONTEM DANÇA EM MARSELHA FRANÇA


SOBRE O INTERCÂMBIO CULTURAL MANAUS –MARSELHA-FRANÇA NO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA.


A Contem Dança Cia e FACCI-Centro de Investigação em Arte e Cultura Afroameríndia esteve na cidade de Marselha-França realizando o segundo intercâmbio cultural Manaus-Marselha/França, uma parceria com a Cie Le Rêve de La Soie, do dia 17 a 26 de novembro de 2013.

A Contem Dança Cia foi representada pela diretora, coreógrafa e intérprete-criadora Francis Baiardi onde ministrou uma oficina de dança contemporânea no Grenier du Corps, nos dias 19,20 e 21 e no dia 23 neste mesmo espaço apresentou o espetáculo solo “Dinahí” interpretado por Francis Baiardi com a colaboração de Cléia Alves e produção de Patrick Servius e Patricia Guannel da Cie Le Rêve de La Soie. No dia 25 de novembro no Théâtre De Cuisine Francis Baiardi  apresentou o mesmo espetáculo com bate papo após a apresentação.

No dia 22 de novembro foi ministrada no Studio Décanis sob a coordenação e produção de Beth Rigaud e produção da Cie Le Rêve de La Soie-Marselha e Contem Dança Cia-Manaus, a palestra: Danças de Matrizes Negras no Amazonas: Trajetória em Movimento  às 18h30min e às 19h15min a oficina: Danças de Matrizes Negras no Amazonas-Brasil  com Cléia  Alves representando o FACCI-Centro de Investigação em Arte e Cultura Afroameríndia do Amazonas.

A palestra e oficina de matrizes negras faz parte da programação do FACCI  que propõem em seu calendário realizar eventos, encontros,  intercâmbios e seminários no  mês da Consciência Negra  que tem o dia 20 de novembro como o dia representativo da luta e morte de Zumbi dos Palmares no Brasil. Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

O FACCI foi contemplado com o Programa de Apoio às Artes-Proarte 2011 com a pesquisa  Danças Contemporâneas com Matrizes Afro-Brasileiras em Manaus - Amazonas (1988 a 2008) tendo a frente da pesquisa a artista, pesquisadora e professora Cléia Alves e em parceria com a Contem Dança Cia foi contemplado também o espetáculo de dança contemporânea Dinahí com temática indígena. Esta palestra e a  oficina fazem parte da contrapartida do prêmio Proarte-2011.

Sobre a metodologia da palestra e oficina:

A palestra complementou a oficina e vice-versa e as danças populares de matrizes negras escolhidas foram: o Boi-Bumbá, Gambá, Tambor de Crioula, Maracatu, samba de roda, frevo e capoeira.

Em Marselha no Studio Décanis, primeiro aconteceu a palestra que é a parte teórica, onde foi falado um pouco da história de como essas danças surgem no Brasil, depois como elas vieram para o Amazonas e como elas se encontram hoje, logo em seguida veio a parte prática com as danças abordadas.

 

Sobre o FACCI-Centro de Investigação em Arte e Cultura Afroameríndia

Idealizado e coordenado pelas artistas, pesquisadoras e professoras Amanda  Pinto, Cléia Alves e Francis Baiardi o FACCI é um centro de investigação em arte e cultura que tem como objetivo discutir,criar, produzir e pesquisar assuntos amazônicos, com foco na cultura afroameríndia.Tem como metodologia a relação com outras linguagens artísticas, culminando em produções literárias, audiovisuais e artísticas.

O Centro de Investigação em parceria com a Contem Dança Cia vem realizando na cidade de Manaus,no interior do Amazonas e na França apresentações,residências artísticas, palestras e oficinas.

Sobre a Contem Dança Cia

“Contem Dança Cia”, antes UM Companhia de Dança, criada em 2006, pela intérprete-criadora Francis Baiardi, premiada pela FUNARTE e SEC, desenvolve em sua pesquisa a compreensão do corpo que discute e escreve a arte do movimento, estimulando a reflexão acerca da dança e seus processos de criação, e como objetivo investigar a dança e as outras linguagens artísticas em relação à realidade sociocultural na atualidade. A Contem Dança a companhia busca expressar-se através da pesquisa do que seja a arte contemporânea, “falar” com a sua identidade própria e artística, trabalhando sob um olhar crítico, criativo e construtivo da arte do movimento da dança, promovendo, estimulando e trocando experiências artísticas dentro e fora da Cia. Atualmente trabalha com 10 (dez) profissionais entre eles intérpretes, professores, consultor artístico e produtor, e tem como parceria a Universidade do Estado do Amazonas-UEA.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

TRABALHANDO COM O PROJETO PRESENÇAS


NÚCLEO BALLET DA BARRA


Em Manaus, dança inspira jovens a buscar uma vida melhor


Companhia Ballet da Barra usa a arte como instrumento de inclusão social na periferia de Manaus

[ i ] A ONG atende atualmente 80 alunos, entre 8 e 18 anos, no Ginásio Zezão, no São José, zona leste da cidade Fotos: Nathalie Brasil A ONG atende atualmente 80 alunos, entre 8 e 18 anos, no Ginásio Zezão, no São José, zona leste da cidade

ManausHá um ano, quando Sérgio Reis Pessoa andava pelas ruas do bairro Armando Mendes, na zona leste de Manaus, não imaginava que hoje seria um expoente cultural da nova geração de manauaras. Ele ensaia para sua sétima apresentação de balé.
Aos 16 anos, ele começou a dançar pela ONG Núcleo Ballet da Barra, criada há 18 anos pelas professoras, coreógrafas e bailarinas Cléia Alves, Marta Marti, Muriel Gonçalves, Celice Freitas e Magda Carvalho.
“Dançava hip-hop no meu bairro. Agora, danço balé e vou a peças de teatro”, diz o estudante. “Ele é o nosso Marcelo Mourão”, acrescenta a professora Marta Marti, referindo-se ao bailarino amazonense da American Ballet Theater, de Nova York, que fez questão de ensaiar com as crianças em uma de suas visitas à cidade.
A ONG atende atualmente 80 alunos, entre 8 e 18 anos, no Ginásio Zezão, no São José, zona leste da cidade. “Nossas atividades acontecem quatro vezes por semana, com aulas de iniciação à dança clássica, dança moderna, contemporânea, composição coreográfica e danças populares", explica a professora.
Ela também lembra da dificuldade dos alunos de se manterem no projeto. “Muitos precisam deixar as aulas para ajudar no sustento da casa. Quando a renda familiar aperta, a primeira coisa que os pais cortam é a arte”, lamentou.
Melisse Rodrigues, de 14 anos, contudo, é uma das exceções. Já participa do grupo há cinco anos e acredita que a dança mudou sua vida. “A minha disciplina e comportamento mudaram bastante desde que comecei a praticar o balé, que agora é a minha paixão. Tenho o sonho de ser uma grande bailarina profissional”, ressaltou Melisse.
Iniciativa
A ONG Núcleo Ballet da Barra é uma instituição sem fins lucrativos criada com o objetivo de educar crianças e jovens carentes com a arte.
“Primeiro há uma iniciação ao balé clássico e à dança moderna. Dois anos depois, fazemos uma seleção das crianças que mais se adaptam à dança e as convidamos para integrar o Projeto Escola de Artistas. Mais tarde, são convidadas a ingressar na Cia Ballet da Barra e nos grupos parceiros: Arte pela Arte e Arte e Movimento”, explica Marta Marti. “O trabalho, contudo, sobrevive com o dinheiro de editais públicos. Por isso, aceitamos patrocinadores. Nossa meta é não deixar de fazer por falta de dinheiro”.
Para mais informações, entrar em contato com a secretaria do Ginásio Zezão pelo telefone (92) 3249-7350.

FONTE: http://www.d24am.com/plus/artes-shows/em-manaus-danca-inspira-jovens-a-buscar-uma-vida-melhor/98530

segunda-feira, 17 de junho de 2013

COMPANHIA DE DANÇA AMAZONENSE INVESTE EM PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO ARTÍSTICO


A Contem Dança realiza experimentações, há meses, com diversos profissionais locais, nacionais e até internacionais


Michel Guerrero - jornalismo@portalamazonia.com
O projeto desenvolvido por Francis Baiardi é denominado 'Contem Dança Convida', com início em novembro de 2012, em que oficinas, palestras, apresentações artísticas e bate papo foram estabelecidos por artistas de Manaus. Foto: Cléia Alves/Cia. Contem Dança
O projeto desenvolvido por Francis Baiardi é denominado ‘Contem Dança Convida’, com início em novembro de 2012, em que oficinas, palestras, apresentações artísticas e bate papo foram estabelecidos por artistas de Manaus. Foto: Cléia Alves/Cia. Contem Dança





MANAUS – A sede de vivenciar formas diferentes como proposta e resultado para a dança é o viés que impulsiona a Cia. Contem Dança, do Amazonas. Desde novembro de 2012, a diretora Francis Baiardi aposta no intercâmbio com grupos e artistas como Patrick Servius, da Cie Le Rêve de La Soie-Marselha (França), Francisco Rider, da Pesquisa Corporal Cênica Uma (Manaus) e Francisco Mendes, do Grupo de Teatro O Gato Carcará (Manaus).
 
O projeto desenvolvido pela artista é denominado ‘Contem Dança Convida’, com início em novembro de 2012, em que oficinas, palestras, apresentações artísticas e bate-papo foram estabelecidos por artistas de Manaus. O objetivo é propor, sempre, grandes encontros para aprofundamento e desenvolvimento na área das artes. “Mas, o foco é a dança, em que artistas, grupos ou companhias convidadas possam promover e buscar reflexões artísticas sobre o que é feito na cena, dentro e fora de Manaus”, disse Francis.
 
Um dos nomes de expressão na dança local, Cléia Alves, em parceria com o Núcleo de Investigação em Dança com Tecnologia Digital (DOCdance), realizou o workshop ‘Investigação em Dança e Tecnologia Digital’. Outro intercâmbio positivo foi com o mineiro Tiago Gambogi, que trouxe o projeto ‘Trans-Amazônia’.
 
O convidado atual do projeto é Francisco Rider, com a oficina “Abordagens Somáticas: Conceitos sobre o Corpo e o Movimento”. As aulas têm como base os estudos de Francisco Rider em instituições de Nova York, como Trisha Brown Cia e Movement Research, fundamentadas em Alexander Technique, Klein Technique, Body Mind Centering, ioga e improvisação, entre outros.
Em julho, o projeto terá como convidado o ator e diretor de teatro Francisco Mendes, que ministrará oficina relacionada à interpretação e à voz.


O convidado atual do projeto é Francisco Rider, com a oficina “Abordagens Somáticas: Conceitos sobre o Corpo e o Movimento”. Fot: Cléia Alves/ Cia. Contem Dança
O convidado atual do projeto é Francisco Rider, com a oficina “Abordagens Somáticas: Conceitos sobre o Corpo e o Movimento”. Foto: Cléia Alves/ Cia. Contem Dança



França
A Cia. Contem Dança e a Cie. Le Rêve de La Soie-Marselha (França) realizaram, em processo de dois meses (fevereiro e março), parceria com primeira residência artística, no intuito de promover os processos criativos do espetáculo ‘Presenças’. O trabalho foi contemplado no Prêmio Funarte Klauss Vianna 2012. As experimentações aconteceram no Instituto de Assistência à Criança e ao Adolescente (IACAS), no bairro Santo Antônio.
 
Com coordenação do coreógrafo da Cie Le Rêve de La Soie, Patrick Servius, o tema abordagem somática foi o foco com os participantes do projeto. De acordo com Francis Baiardi, o projeto está em análise para circular. “O intento é fazer das nossas diferenças culturais, uma única verdade, através de experiência sensível e honesta, a apresentar com um resultado já definido, em Marselha, capital europeia da cultura, em 2013”, comentou.
 
Na segunda residência, o trabalho acontecerá em Marselha (França), para o término da obra. “Marselha é em um lugar privilegiado, espaço de trabalho para a dança, onde acontecerão ensaios técnicos e a pré-estreia de ‘Presenças’, bem como os artistas envolvidos estarão ministrando oficinas de dança e capoeira para os marselhenses”, garantiu a coreógrafa.
 
Marselha foi escolhida a Capital Europeia da Cultura 2013, onde mais de 400 eventos e 80 exposições serão apresentadas. Durante todo o ano, a cidade será o palco da cultura, apoiando a criação contemporânea internacional, e também uma dinâmica para a dança na cidade. Os artistas amazonenses envolvidos no projeto são: Francis Baiardi, Adan Santos, Fabíola Bessa e Alessany Negreiros (Intérpretes-criadores); Cléia Alves (Registro Audiovisual) e Eliberto Barroncas (Trilha Sonora).


Fonte: http://www.portalamazonia.com.br/cultura/arte/companhia-de-danca-amazonense-investe-em-programas-de-intercambio-artistico/

domingo, 9 de junho de 2013

Contem Dança Convida 2013


             Saiu no jornal A Crítica (AM) no dia 09 de junho de 2013


 
 
Foto divulgação de Cléia Alves

sábado, 8 de junho de 2013

SOBRE O PENSAMENTO DE CLÉIA ALVES PARA A CONTEM DANÇA CIA

Estar com a Contem Dança Cia para mim é um presente e um aprendizado a cada dia. As experiências, os processos, os laboratórios, os ensaios e as aulas são sempre envolvidos com atenção, disciplina, direcionamento, metodologia e acima de tudo respeito para as diversas personalidades que participam dos processos.

Cada integrante tem muito a contribuir e lhes são dadas oportunidades de serem criadoras-intérpretes, pesquisadoras, professoras, pessoas que pensam e refletem sobre o seu fazer artístico, sobretudo pessoas artistas e não meras executoras.

Sinto-me muito a vontade por estar compartilhando experiências com todas da Contem, pois há algum tempo necessitava experimentar e investigar a dança com outras linguagens tais como: o vídeo, a fotografia, o teatro, a performance, a música orgânica, entre outros, e a Contem vem me motivando para estar desenvolvendo estas pesquisas com a dança.

Só tenho a agradecer pelas oportunidades.
E vamos trabalhando!

 
Cléia Alves
Pesquisadora, Produtora e Orientadora
da Contem Dança Cia.



Foto Patrick Servius.


sábado, 1 de junho de 2013

WORKSHOP DE INVESTIGAÇÃO EM DANÇA E TECNOLOGIA DIGITAL


O Workshop de Investigação em Dança e Tecnologia Digital aconteceu nos dias  10 e 11 de maio de 2013 na Sala da Associação dos Profissionais de Dança do Amazonas-Aprodam. Coordenado por Cléia Alves o Workshop  promoveu experiências sobre novas formas de dialogar com a dança descobrindo outras possibilidades de construção, explorando modos de comunicação utilizando a tecnologia digital e foi a primeira ação do Núcleo de Investigação em Dança com Tecnologia Digital-DOCdance  que tem a direção de Francis Baiardi e Cléia Alves.

 

O Núcleo de Dança e Tecnologia Digital tem como proposta a pesquisa no contexto atual da dança contemporânea e das artes visuais e eletrônicas, contribuindo para o entendimento e produção da pesquisa no Estado do Amazonas. Tem como principal objetivo investigar e produzir a cultura local e as diversas linguagens artísticas, a partir de novas possibilidades nesta relação da dança com as novas tecnologias digitais, adentrando nas questões socioculturais.


A ideia de criar o Núcleo surgiu da necessidade de pesquisar o corpo e as novas tecnologias, a partir de discursões e reflexões sobre a videodança, uma vez que a producão e criacão desta modalidade artística ainda se encontra de maneira incipiente na cidade de Manaus.  Outra importante motivação foi a observação sobre a falta de material bibliográfico e registros videográficos que faça referência a este tema em Manaus


No Workshop foram desenvolvidas atividades com improvisações, interação do corpo com a sala de aula (espaço seguro), interação do corpo com a arquitetura da cidade (espaço de risco), fazendo refletir sobre as possibilidades da relação de corpo, imagens e pertencimento.


O Docdance tem a parceria da Associação dos Profissionais de Dança do Amazonas-Aprodam, FACCI Centro de Investigação em Arte e Cultura e da Contem Dança Cia.

 


Cléia Alves
Diretora e Coordenadora
do Docdance.
 
Sala da Aprodam.Foto Cléia Alves

Sala da Aprodam.Foto Cléia Alves

Sala da Aprodam.Foto Cléia Alves

Prédio Rádio Rio Mar.Foto Cléia Alves

Largo São Sebastião.Foto Cléia Alves.

Avenida Eduardo Ribeiro.Foto Cléia Alves


Avenida Eduardo Ribeiro.Foto Cléia Alves

Largo São Sebastião.Foto Cléia Alves

 

 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Trajetória Cléia Alves

Memorial Descritivo
Sou professora de dança formada em Licenciatura em dança e dançarina profissional pela Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia, conclui meus estudos no ano de 2000.No ano de 2007 conclui o curso de pós-graduação sendo Especialista em Metodologia do Ensino Superior,  pelo Centro Universitário do Norte-UNINORTE, com o tema: Métodos e Técnicas de Dança desenvolvido para crianças de 6 a 8 anos no Centro Cultural Cláudio Santoro em Manaus.
Minha primeira experiência como bailarina aconteceu no ano de 1985 no Projeto Dança Escola, promovido pela Secretaria da Educação e Cultura do Amazonas. Participei deste projeto até o ano de 1987 dançando em teatros, centros culturais e escolas.Neste mesmo ano  fiz um teste e ingressei no Grupo Experimental de dança do Teatro Amazonas,onde viajei para o interior do estado  participando de festivais de música e eventos comemorativos.Minha experiência como professora de dança aconteceu no ano de 1988, no Teatro da Mineração, na periferia de Manaus, coordenado pela professora e coreógrafa Conceição Souza sob a administração do Teatro Amazonas. Ministrei aulas de iniciação a dança para crianças, onde finalizei o ano com uma apresentação de dança para a comunidade local.Com a mudança de administração do Teatro Amazonas o grupo experimental acabou e parei de dar aulas.Ingressei como bailarina no Grupo Gedam no ano de 1989 e permaneci até 1991, onde participei de espetáculos viajando para o interior do estado e também eventos na cidade de Manaus.No ano de 1991 fui convidada a fazer parte da Cia Renascença de dança coordenada pelo bailarino Jorge Kennedy recém chegado de Salvador.Nesta Cia tive contato com a dança teatro, na época era uma novidade na cidade de Manaus.Em 1993 a Cia Renascença se desfez e virou a Cia de Dança do Sesc.Paralelo a estas atividades eu ministrava aulas de dança no Sesc de Manaus e participava de cursos de dança contemporânea, ballet clássico, jazz, dança afro, composição coreográfica. Minha participação na Cia de Dança do SESC terminou no ano de 1994, pois no ano seguinte partiria para Salvador para me especializar em cursos de dança.Minha chegada em Salvador me fez perceber que era mais importante ingressar na vida acadêmica, então resolvi fazer o vestibular, pois desde a época do grupo experimental pensava  na minha carreira como professora.
Durante meus estudos na faculdade tive muitos contatos com técnicas e atividades relacionadas ao mundo das artes
encontrando inspiração para criar e experimentar processos coreográficos através das disciplinas do curso de dança. Na faculdade tive disciplinas com professores que muito contribuíram para minha formação artística e de vida, tais como: Marli Sarmento, Antrifo Sanches, Fafá Daltro e Nelma Seixas. Neste período fiz alguns cursos de dança afro com professores como Isaura Oliveira, Nildinha Fonseca, Augusto Omolu e o professor King, dança moderna com o Professor Zebrinha e oficina de composição coreográfica com Marcelo Moacir.  
Ao retornar para  Manaus trabalhei como professora de dança contemporânea no Centro de Artes da Universidade Federal  do Amazonas no ano de 2002,no Centro Cultural Cláudio Santoro nos anos de 2001,2002,neste período fiz algumas coreografias para final de ano e mostras didáticas nestes lugares,mas tinha  vontade de criar meu próprio espetáculo,sentia que podia desenvolver minha aptidão para criar e dirigir um espetáculo de dança.Foi então que no ano de 2002 a convite da professora Edna Marta Marti,  comecei a produzir meu primeiro espetáculo de dança chamado "Cidadão do Mundo" com a Cia Ballet da Barra.Neste trabalho ainda tinha fortes indícios de trabalhos anteriores pelos quais havia dançado.No ano de 2003 percebi que era hora de mudar e experimentar coisas novas.Buscando  novas linguagens, vi na capoeira inspiração para minha segunda pesquisa coreográfica com a Cia Ballet da Barra. Ao final da pesquisa chamei o trabalho de "Berimba Berimbau", porque neste trabalho falava do berimbau  como ponto central. No ano de 2006 realizei mais uma pesquisa coreográfica culminando em uma linguagem  mais perto do que eu queria falar com a dança. Era o espetáculo Manaus Cabocla.Neste trabalho eu queria falar das coisas  da minha cidade do meu estado,dos hábitos,dos costumes,enfim tudo que estivesse relacionado a ser amazonense e principalmente manauara.O espetáculo estreou neste mesmo ano, ficando em temporada por um mês e pela  aceitação da comunidade e críticas de alguns artistas em geral, acho que consegui algum êxito na minha pesquisa.
Em 2008 comecei uma pesquisa coreográfica buscando novas idéias,novos caminhos e formas de expressão, utilizando os elementos do cotidiano amazônico juntamente com a mitologia da etnia Ticuna e Tupaiu como fonte de inspiração e de expressão estética,visando um discurso artístico corporal amazônico.Esta pesquisa culminou no espetáculo "A Criação do Mundo" realizado com a Cia Ballet da Barra.Este trabalho foi premiado no Programa de Apoio às Artes-ProArte 2008 promovido pela Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas.
 
Paralelo as minhas produções de espetáculos, trabalho desde 1988 em parceria com vários segmentos do Movimento Negro do Amazonas, com grupos de arte popular, grupos de capoeira em Manaus e Salvador assim como, grupos de pesquisas em danças afro-ameríndias no Amazonas. Também ministrei oficinas de danças de matrizes negras nos seguintes países: Bélgica, Grécia e Inglaterra.
Atualmente desenvolvo um trabalho de promoção a preservação dos valores culturais, sociais e da economia solidária oriundos da matriz afro-brasileira com a Cia Ballet da Barra, Instituto Escada Sem Degraus e Grupo de Capoeira Matumbé na cidade de Manaus. Minha motivação para a pesquisa em dança voltada para as matrizes africanas é contribuir para a luta contra o preconceito racial e sócio-econômico e também pela retirada do “manto da invisibilidade” que nega a importância do legado afro-descendente para a construção da cultura Amazônica e brasileira. Minhas ações visam principalmente subsidiar com atividades extracurriculares a efetivação da lei n.11.645/2008 e o Estatuto da Igualdade Racial. 

Pela minha vivência, percebo que na cidade de Manaus ocorre o desnvolvimento de várias linhas de trabalho utilizando a dança como parte integrante de manifestações artísticas e culturais sendo que a dança afro vem ganhando espaço e se difundindo graças a trabalhos realizados por comunidades alternativas. No entanto, esse processo de consciência étnica e de desenvolvimento de cidadania nas escolas pelas artes e, principalmente pela dança, ainda é tímido,sendo necessário uma melhor estruturação, divulgando, fortalecimento. 
 
Em 2012 iniciei uma nova pesquisa com temática da água 
e o uso pelo homem, se enfatiza questões como o desperdício, a poluição a redução e morte de manaciais.A proposta é inspirada na bacia amazônica, a maior fonte de água doce do planeta e tem a capital Manaus, a maior metrópole do norte,como cenário.